Torres del Paine é realmente lindíssimo! Aliás, todos os parques, todas as paisagens por aqui são fortíssimas de tão belas! E a beleza fica grudada na retina e guardada pra sempre na oficina da memória.
O problema aqui é que tudo é na montanha, depois da montanha ou entre montanhas. Então é um tal de sobe e desce, sobe e desce, ou sobe, sobe, sobe (ai, ui, ai) e depois desce, desce, desce (ai...).
Exerce um fascínio tão grande nas pessoas que vem gente de tudo quanto é idade e de várias cantos do planeta pra caminhar/escalar todos os reconditos dos parques e chegar o mais perto possível das atrações do lugar.
Algumas dessas pessoas certamente têm um preparo físico e tiram de letra. Outras não. São as que buscam a superação, passando por cima da dor e do desconforto físico pelo prazer (e para eles - conquista) de chegar onde poucas pessoas chegarão. Não é nem superar o outro, é superar a si mesmo.
Não é o meu caso. Não busco a superação, não sou atraída por desafios. Tem uma música do Marcelo Camelo (do Los Hermanos) que diz: "Eu que nunca fui assim muito de ganhar, junto as mãos ao meu redor, faço o melhor que sou capaz, para viver em paz." ("O Vencedor). É assim que sou.
Essas pessoas são do tipo "vim, vi e venci". Para mim, vir e ver já é legal. Aliás, vir, estar aqui já é bacana demais.
Por outro lado, por aqui a gente não tem muita saída, porque como disse antes, o mais bacana, o mais bonito está sempre no lugar mais difícil de chegar.
Então, apesar do sofrimento e de certa "rabugice", tenho ido, subido, subido e chegado lá. E vale dizer que sempre compensa (ainda que eu precise de tempo pra me recuperar e apreciar o lance todo).
Amanhã mesmo vamos caminhar no glaciar Perito Moreno. E por "caminhar" entenda-se quase 3 horas de subidas e descidas! Mais descolada, vou me preparando, ciente do que vou passar.
Mas, no meu caso, não faço pra vencer. Faço pra agradecer.
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